segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Nota à comunidade

Queridos Irmãos:
Salve 16 de Agosto de 2011!

Ao receber a noticia da nomeação do novo pároco desta querida paróquia do Divino Espírito Santo em Poções o querido irmão Pe. José Roberto da Silva Carvalho  o meu coração exultou de alegria  por esta grande dádiva: HABEMUS PÁROCO!

 Rezava  para que  surgisse um sucessor   pois compreendia que a paróquia  precisava de uma atenção que  eu já não poderia dar pois a quase um ano estava residindo em Vitória da Conquista na Paróquia Nossa Senhora das Candeias. Pe. Roberto foi escolhido pelo nosso  Arcebispo Dom Luís Gonzaga   que de forma discreta e ungida presenteou Poções com um  novo Pastor. Deus seja louvado!

Sua posse será em outubro, mas desde já  desejo do fundo do meu coração que todos os fiéis estejam  abertos e já o acolham  neste solo tão santificado que é o coração de todos os seus mais novos paroquianos.

Tive a graça de ser ordenado padre no mesmo dia que o padre Roberto, tenho por ele uma grande admiração e respeito. Homem integro e zeloso, fiel ao Magistério da Igreja e muito dócil ao Divino Espírito Santo.  Maria, Mãe do Perpétuo  Socorro da paróquia de Iguaí  onde ele se encontra e tanto bem tem feito por lá,  certamente o acompanhará e abençoará aquele povo que o acolheu durante quase dois anos com tanto carinho e respeito e fará dele aqui também um bom e amado pastor.

Nossa missão nestes próximos dois meses será o de preparar a sua chegada, a sua posse, estou muito grato a Deus  com tanto júbilo  sobretudo  nestes dias com a noticia da  criação das duas paróquias de Bom Jesus da Serra e de Caetanos que até agora pertenciam ao pastoreio de Poções e que  respectivamente receberam hoje também um enorme presente:  a conservação dos seus atuais pastores como primeiros  párocos   residentes,  Pe. Frenilsom (futura Paróquia do Senhor Bom Jesus)  e Pe. Noel (futura Paróquia de santo Antônio)  dos quais para sempre  Poções  e todos nós teremos por eles enorme gratidão.

Deus abençoe Dom Luis pelos seus 10 anos de Episcopados  como podemos perceber sempre com muito discernimento do Divino Espírito Santo.

Pe. José Roberto Silva Carvalho seja Bem Vindo!
Parabéns Pe. Frenilsom e PE. Noel , Bom Jesus e  Caetanos receberam um grande presente!
Deus seja louvado!

Pe. Estevam dos Santos Silva Filho

domingo, 26 de junho de 2011

Sermão de 26 de junho

Caríssimos Irmãos e Irmãs
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Estamos celebrando o XIII semana do tempo comum. Os textos nos chamam atenção para palavras profundas como ACOLHIMENTO E SOLIDARIEDADE.
Vejamos a 1ª leitura do livro dos Reis.
Eliseu: um grande profeta que  era considerado por todos como “HOMEM DE DEUS”
‘Ele viveu vários séculos antes de Cristo, denunciava as religiões estranhas como as que adoravam uma divindade chamada baal... (deus da fecundidade...)
Profeta na bíblia não tem bola de cristal, não advinha o futuro com cartas, mas ele interpreta o presente e já sabe o que vai dar no futuro.
Mulher: Mulher rica, que convidava Eliseu a comer em sua casa. . . Convidou uma, duas e ai Eliseu virou freguês. Sempre que passava por ai, por esta cidade, Eliseu almoçava em sua casa.
Ela então construiu com ajuda do marido um quarto para Eliseu.  Pois observou que Eliseu era um Homem de Deus.
Eliseu: Pergunta a um empregado o que pode fazer por aquela mulher. Interessante perguntar ao empregado e não a própria patroa (a rica mulher). Mas, o empregado sabia do que ela precisava: um filho (pois a mesma era estéril e o marido idoso.)
Ele então promete que no próximo ano ela já estará com um filho nos braços. 
Eliseu ao contrário de baal (divindade da fecundidade) que promete e não faz, ele em nome de JAVÉ, ele promete a fecundidade aquela mulher.
O que podemos tirar de recado para nós:
·         O bem atrai o bem... Ela fez o bem, acolheu, foi solidária, teve tempo de perceber que estava diante de um Homem de Deus, resolveu fazer o bem, fez uma boa opção. Fez por merecer!
·         Os pobres são os que mais conhecem os ricos, neste caso, são os funcionários (o servo) quem mais percebeu o que aquela Mulher precisava.
·         O cuidado com a hospitalidade.  Neste mundo tão violento, não podemos justificar nossa falta de partilha e solidariedade com o isolamento... a falta da caridade e solidariedade....
·         Essa mulher rica da leitura de hoje representa o povo que permaneceu fiel á prática do bem.  Abrindo sua casa, ela abriu-se para a prática da justiça social...
·         Hoje temos, que além de fazer nossa parte pessoal educando inclusive nossos  filhos para a prática da caridade, precisamos também trabalharmos pelas implantações das políticas públicas...
                                              


O Evangelho: (MT 10, 37-42)

Eis palavras com muita radicalidade:
·         Quem ama seus pai ou sua mãe mais que a mim não é digno de mim:
Será que ele está pedindo o impossível: Será que ele está pedindo para não amar os pais ou os filhos?
·         Quem não toma sua cruz, e não me segue, não é digno de mim:
Cruz é sinal de sofrimento, será que Jesus manda abraçar o sofrimento?

Analisando palavras:
·         AMAR: o que significa amar?
Assim como hoje, a sociedade na época de Jesus privilegiava o acumulo de riquezas, o prestígio e o poder.
Hoje não é diferente. O capitalismo selvagem faz com que passamos achar justo os diversos sinais de fome e morte ou nos tornamos indiferentes a tanta corrupção e competitividade.  É natural hoje, justificar nosso consumismo com liquidação e não estamos nem aí para os que passam fome ou desespero.  Desperdiçamos comida, água, e muitas vezes não nos sentimos tocados...
Em nome do conforto e bem estar, educamos muitas vezes muito mal aos filhos, treinamos os instintos para o consumismo e a falta de respeito pelo que é justo.
É IMPOSSIVEL SER DISCIPULO DE JESUS SEM FAZER OPÇÕES RADICAIS
Precisamos estar atentos para não nos tornarmos escravos desta sociedade que defende o acúmulo  de riquezas, de prestígio e poder. 
Ele afirma: “quem procura conservar a sua vida, vai perdê-la. Ou seja, se os seguidores de Jesus se adaptam a esta sociedade consumista a vida será de grande vazio ( mulher estéreo) e frustação.... Mas, quem a perde, isto é, não entra nos apegos às coisas, (a família enquanto sociedade) vai ganhá-la...

Encontrar a vida acolhendo....
No inicio da pregação do evangelho os primeiros discípulos eram pobres, justos, itinerantes. Eles iam de casa em casa, pregando o evangelho....
A pregação causava divisão, pois muitos acabavam ouvindo o que não queriam: a verdade! A pregação contra o acumulo de riqueza, de poder e de prestigio ainda continua um afronto em nossas Igrejas.  Muitas vezes não queremos ouvir a verdade, não queremos ouvir ninguém nos dizendo que estamos muito apegados à família, a bens, ao poder... Queremos nos manter indiferentes, apegados, insensíveis.  Algumas vezes uma simples caridade parece nos fazer bem, mas, às vezes só ocasional sem nenhum compromisso.... Damos o que nos sobra ou o que não presta...
O dizimo: poucos de nós devolvemos os 10%....
Vivemos muito apegados ao dinheiro e pouco importamos com a vida de solidariedade.
O discípulo deve cuidar para não viver para o TER e pouco para o SER...

MORTOS PARA O PECADO, MAS VIVOS PARA DEUS (Rm 6, 3-4.8-11)
A 2ª leitura :
Às vezes costumamos dizer: “não tem jeito, é assim mesmo,...”
Mas, a graça de Deus é maior: Não podemos nos contentar com o pecado, com o fácil, com o errado.  Como Cristãos, o Batismo nos dá a Graça para sermos diferentes, para não nos contentar com o que não seja ético, que não seja bom, que não edifica-nos como pessoas humanas: ENTRE VÓS NÃO DEVEIS SER ASSIM...  QUEM QUIZER SER O MAIOR QUE SEJA O SERVIDOR DE TODOS...
Como Cristãos temos que nos perguntar sempre o que estamos fazendo com o nosso batismo. O batismo nos convida a termos uma mentalidade nova, uma vida nova.  Sermos a exemplo do profeta Eliseu: HOMENS e MULHERES DE DEUS - fazendo a diferença – dando razão e testemunho a nossa Fé:
NO MUNDO, NO TRABALHO, NA FAMILIA, NA SOCIEDADE, TEMOS QUE FAZER A DIFERENÇA, POIS O BATISMO NOS FAZ NOVAS CRIATURAS...
 O que eu posso fazer para, a exemplo daquela mulher, acolher a Palavra profética de tantos Eliseus que passam pela minha vida? 
O que possa fazer para que com o meu testemunho eu possa salvar as nossas famílias dos grandes apegos que a sociedade oferece?

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo...

Pe. Estevam Santos

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Vamos a cidade?!

Reflexão pós Corpus Christi


Aqui nas Candeias, logo após a comunhão iniciamos nossa procissão de  Corpus Chisti. Havíamos decidido levar o Santíssimo Sacramento  em um carro devidamente preparado e ornamentado para  este precioso trajeto.  Já havíamos antecipado que todos fariam a procissão de carro (Carreata) com piscas e buzinas e carro de som.   E assim o fizemos.

Em um  carro coberto com um formoso tecido chamado  pálio, segurando sobre a mesa ornamentada o Ostensório com  o Santíssimo Corpo do Senhor.  Fiquei o mais discreto possível para não permitir que com aquelas vestes e capas brilhosas ofuscasse  o esplendor da simplicidade de Jesus Cristo  ali disfarçado de Pão. E assim procurei fazer.

A mesa era larga e na ponta um refletor para iluminar a Jesus o grande sol. Tinha eu que esticar bem os braços, pois teria que segurar firme o Senhor. Ao passar por quase toda paróquia (prédios, hipers, condomínios, faculdades, academias, colégios, clubes etc e etc),  percebi que na verdade não era eu quem  segurava e levava o Senhor, mas, era Ele quem esticando meus braços e minhas mãos nos  conduzia   para que percebêssemos  melhor  aquele  populoso bairro. Assim procurei contemplar o que Ele ia me mostrando.

Detalhes eu ia visualizando, parecia que  era urgente o que  o Cristo queria me mostrar. Mostrou-me prédios populosos com poucas janelas com lâmpadas acesas, talvez por estarem sem habitantes ou porque os mesmos já cansados, não possuíam motivos para acenderem a luz. Vi luzes também acendendo e pessoas tímidas e curiosas  tentando entender o que se passava. Desta maneira olhares iam se dirigindo para o “Santíssimo  Móvel” se assim me permitem chamar.

Pessoas andando, interessante, várias “se benzendo”, outras com discretos olhares. Tenho que admitir que mesmo de dentro dos bares ou restaurantes  não vi   nenhum  desrespeito, no máximo  uma displicência de quem mesmo entendendo que passava o sagrado, já não sabiam como manifestar o seu devotamento com genuflexões ou constantes vênias. Eram gentes abandonadas pela Matriz que eu via pelas calçadas.

A cidade não parecia que era desconhecida para Jesus. Ele parecia me apresentar aquele bairro como se já o conhecesse e nessa região quisesse visitar a todos. Um cortejo com dezenas de carro pareciam que recebiam  o combustível do ostensório. Ele quem sabe querendo dizer a todos os cristãos motoristas            ( maioria de engajados): “olhem meus desengajados, eles também são meus. Vejam, parecia nos dizer: os que não estão na procissão ou não acenderam as luzes eles são batizados, saibam que eu também estou com eles, porque vocês não vão me procurar lá também?   Não foram eles que se esqueceram desta procissão mas, os organizadores desta procissão que se esqueceram deles, por isso estou mostrando para vocês”. Assim, Ele nos mostrava e nos falava pelo caminho.

É na  cidade que mora as gentes, é nas gentes que mora Cristo, é lá que Ele se encontra e foi para lá que Ele nos levou.  Ao chegar ao destino final, capela das Irmãs Sacramentinas,  tapete e sineta  somaram-se  a pequena caminhada até ao Tabernáculo.  Ali receberam a bênção quem estava presente, mas, certamente a bênção se estendeu a quem mesmo distante, Cristo Eucarístico neles estava presente.

Eu vos conheço, vocês são meus, vou tentar despertar meus padres, meu povo e minha Igreja para  me levar a vocês. Todos vocês e a cidade toda são minhas ovelhas, um dia meus discípulos  abrirão os olhos para a missão,  entenderão  que a ordem querida e sonhada por mim foi: TOMAI TODOS E COMEI...

Ele nos  levou pelas ruas e avenidas daquele bairro  e chamou a todos de amigos e nos  deu a conhecer a imensidão de nossa missão... Vamos retornar a  cidade, é para lá que Cristo se dirige! Foi nestas ruas que Ele puxando-nos pelas mãos nos mostrou a cidade e nos questionou sobre a missão. Vamos a cidade?!

Pe. Estevam Santos
22 de junho 2011- Candeias/ V.Conquista.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Maria no coração da Igreja,


Caros irmãos,
Existe bênção maior que a vida, que o ar que respiramos? Quem aqui pode acrescentar um segundo a mais na sua existência ou pode, com certeza, precisar o dia da sua morte?  Então, que bênção estarmos aqui hoje mais uma vez, nas escadarias desta matriz contemplando esta paisagem tão familiar: A Chegada da Bandeira!

O fato de estarmos vivos e com saúde já é motivo de ação de graças ao Divino Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.  É um fato de pararmos um pouco, nos lembrando de nossos antepassados e agradecer a Deus pela nossa existência.

Este ano refletimos durante as novenas sobre Maria no Coração da Igreja.  Creio que a maioria absoluta dos que estão aqui nesta manhã, tem Maria, a mãe de Jesus Cristo bem dentro do coração.   Desde criança aprendi a gostar da mãe de Jesus, afinal, alguém que foi escolhida para ser a mãe do salvador, só tem que merecer por parte de cada um de nós um lugar especial e privilegiado dentro de nossa história.

Há exatamente 11 anos, 11 festas, 11 Chegadas da Bandeira, tenho tido o prazer de aqui colocar-me como anfitrião deste momento tão singelo.  Este ano, quero pedir a Virgem Maria, de maneira especial por nossa juventude.


Em um mundo globalizado, isto é, o que é bom podemos só ver pela televisão, mas o que é ruim está em toda parte, corremos o risco em termos uma visão pessimista das coisas, talvez para nos justificarmos e nos acomodarmos, por exemplo, o desemprego.

Sobretudo os políticos sem encontrar ou buscar soluções para a grave crise do desemprego justificam-se dizendo que o problema está em todo o Brasil e por isso não tem o que fazer.

Drogas, violência, extermínio da juventude, não são poucos os que dizem que não tem mais jeito e que nada pode ser diferente. Mas, se fazem, fazem pouco para mudar isso.

Aqui recordamos os dois mais novos beatos da Igreja: João Paulo II e Ir. Dulce.  João Paulo II, papa da certeza. Enquanto o mundo seguia o caminho do relativismo (relaxamento moral) Ele, João Paulo, não cansou de mostrar o caminho correto e chamar atenção dos países ricos para a sua parcela e divida social para com os países pobres.  Ir. Dulce, enquanto muitos não queriam se misturar com os pobres, ela abriu a sua vida para os doentes e desamparados.  Conta-se que a Irmã Dulce abriu a mão para pedir a um rico ajuda para seus pobres e o mesmo cuspiu na sua mão. Ela colocou aquela mão no bolso dizendo: “isso foi para mim, mas agora eu lhe peço na outra para meus pobres....”  Podemos perguntar quem soube melhor viver? Aqueles que só pensam nos seus bens ou aqueles que preocupados com os outros pensam em bens eternos?

Desta forma, ao recebermos esta bandeira, precisamos recordar as palavras do saudoso Pe. Benedito Soares que por aqui passou e, contemplando as cidades dizia: GRITEM PARA TODA CIDADE ADORMECIDA O AMOR PRECISA RETORNAR. Precisamos acordar para a prática da bondade, para pratica da justiça e do bem.

Precisamos amados irmãos, termos bom senso, nos perguntar a cada dia, como estamos carregando a bandeira do Divino em nossa vida.  Se somos capazes de fazer a diferença, isto é: de deixarmos sementes boas, de fazermos tudo o que está  ao nosso alcance para melhoramos nosso mundo, ou se acomodados, só pensamos em nós mesmos.  Neste sentido lembremos de Maria, sempre pensando no Filho, sempre pensando em nós.

Não posso perder a oportunidade de falar de maneira especial aos políticos aqui presentes.  São raras as vezes que vocês aparecem na Igreja, que param para ouvir a Palavra, por não terem tempo ou por que a Palavra questiona. Quero repetir o que o Papa João Paulo e Bento XVI disseram no dia do início do Pontificado aos Líderes do mundo todo:

“Não tenham medo de abrir as portas do coração para Cristo. Não tenham medo que Ele entre, pois é verdade, Ele vai mudar tudo, jogará o que não presta fora, mas, certamente deixará o que é necessário. Retirará a cobiça, o ciúme, a ganância, deixará a ética, a liberdade, o senso de justiça. Por isso não tenham medo. Analisem vossas vidas, vejam o que está realmente valendo a pena, recordem a brevidade de nossas vidas, não percam tempo com o supérfluo, façam o que podem  enquanto é tempo, não se deixem dominar pelo espírito do mal. O coração de vocês certamente tem tantas moções boas. Apeguem-se a Maria Santíssima, pois ela está  sabemos disso, no coração de vocês também e os tem no seu materno coração”.

Como muitos sabem fui nomeado Pároco de uma paróquia lá em Conquista, desta maneira após 11 anos estou me despedindo até o final deste ano desta paróquia, isto quer dizer que no próximo ano, não estarei aqui como pároco, no máximo como visitante, mas,  jamais a Bandeira do Divino deixará de ser além de um belíssimo momento cultural, um chamado a todos para uma conversão. 

A estrada que liga Poções – Bom Jesus da Serra e Caetanos, o governador Jaques Wagner prometeu aqui, peço aos políticos e ao povo que não canse de cobrar.

Nossa festa de largo. Ficamos sabendo que pelo laudo do corpo de bombeiros a justiça interditou o parque de diversões, pois instalado a poucos metros de um posto de gasolina oferecia grave perigo a cidade.  Certamente nos arquivos do gabinete podem ser encontradas correspondências que alertavam também para este risco.


Mas, voltemos nossos corações para Maria, a Mãe que deseja que seus filhos se voltem para Deus, para as coisas do alto, para as coisas do coração. Maria está no coração de Deus, está no coração da Igreja, está no coração de todos nós, e nós generosamente devemos viver prestando atenção as coisas do coração e as coisas do alto.  Deixemos as posturas velhas para trás e os maus costumes e para frente vivamos como devotos verdadeiros do Divino:



Os devotos do divino vão abrir sua morada pra bandeira do menino  ser bem-vinda, ser louvada,

Deus nos salve esse devoto, pela esmola em vosso nome dando água a quem tem sede, dando pão a quem tem fome  A bandeira acredita que a semente seja tanta, ( a bandeira da justiça, a bandeira do Divino é a bandeira da busca das coisas justas)
que essa mesa seja farta, que essa casa seja santa,
Que o perdão seja sagrado que a fé seja infinita, que o homem seja livre, que a justiça sobreviva,
Assim como os três reis magos, que seguiram a estrela guia,
a bandeira segue em frente, atrás de melhores dias,
No estandarte vai escrito que ele voltará de novo,
que o Rei será bendito, ele nascerá do povo, ai, ai.


Cehagada da bandeira,
10 de maio 2011

Pe. Estevam Santos

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Homilia Dias das Mães

8 de maio de 2011
3º Domingo da Páscoa

Discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35)
Dia das Mães
Por padre Estevam  

Introdução:
Queridos irmãos e irmãs,
estamos celebrando hoje o 3º domingo da Páscoa, comemorando como em todos os domingos a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Vejamos a cena do evangelho de  LC 24, 13-35:
·         Jesus morre em Jerusalém
·         Dois discípulos decepcionados  saem de Jerusalém e vão para EMAUS
·         Pelo caminho Jesus disfarçado começa a caminhar com eles
·         Eles não reconhecem a Jesus
·         Jesus pergunta:  o que eles conversam? Eles respondem espantados que conversavam sobre a morte de Jesus
·         Jesus explica a Bíblia para Eles
·         Eles convidam Jesus para entrar na casa deles
·         Jesus entra, parte o pão, eles reconhecem Jesus, Jesus desaparece e eles voltam felizes para Jerusalém
Aprofundando o texto:
Caríssimos irmãos, vejamos alguns pontos importantes para serem meditados.
Discípulos: Cléofas e outro: estavam decepcionados, fugindo para Emaús, angustiados. Cheios de problemas, sem esperança, tristes.
Como eles eram lentos para crer?  Jesus estava ali, ressuscitado, perto deles e eles não enxergavam. As vezes a solução está na nossa frente e não vemos. Foi isso que aconteceu, Jesus começou a  caminhar com eles, pois Jesus sempre caminha com quem está angustiado e tristes, e, mesmo assim; eles não  reconheceram a Jesus.  Após a ressurreição ele passou a se disfarçar para nos testar...  

(2)
A PALAVRA: Jesus pergunta, inicia um diálogo, eles nada percebem, mas a Divina Misericórdia os acompanha pelo caminho,  afinal eles ficaram surpresos por Jesus ser o único forasteiro que parecia não saber o que havia acontecido em Jerusalém. Subestimam a Jesus, pois Ele sempre conhece nossos assuntos e problemas...
Jesus começa a explicar a bíblia para eles, começa podemos assim chamar da LITURGIA DA PALAVRA. Interessante que eles ficaram com o “coração ardendo” por Jesus está explicando a Palavra pelo Caminho.
FICA CONOSCO: Que experiência bela, eles após a liturgia da Palavra acolheram aquele peregrino  na casa deles que  FEZ DE CONTA QUE IA MAIS ADIANTE:  “FICA CONOSCO SENHOR, É TARDE E A NOITE JÁ VEM...” Como é bom acolher: o Apostolo Paulo diz que graças ao acolhimento acolhemos anjos sem saber.... A Palavra de Deus é eficaz, muda e converte...
LITURGIA EUCARÍSTICA:  Jesus de convidado passou a ser o dono da casa (anfitrião) pois Ele  sentou-se a mesa e Ele mesmo serviu o pão. Grande semelhança com a liturgia eucarística da missa, pois,  Ele partiu o Pão, deu a eles, e eles o reconheceram.  Jesus sumiu da vista deles, pois  não era mais preciso vê-lo fisicamente pois agora Ele havia se revelado na Liturgia Eucarística e  na liturgia da Palavra e isso é podemos chamar de Santa Missa.

Alguns detalhes:
EMAÚS: Lugar de fuga. Eles estavam fugindo, saindo de Jerusalém, indo para Emaús. As vezes fugimos da Cruz, nos esquecemos que o sofrimento também nos aproxima de Deus, que  por traz do sofrimento pode surgir  a vitória.  Emaús é sinônimo de cegueira, da não compreensão do evento Pascal. As vezes nossa casa é como se fosse Emaus, lá não queremos enxergar a ressurreição de Jesus, lá não queremos entender a beleza da partilha e a beleza de se viver em comunidade. Ir a Emaús é abandonar o projeto de Deus.

(3)
JERUSALÉM: Lugar do sofrimento, mas, também da Ressurreição de Jesus. Lugar de se enfrentar a realidade e de se regozijar com a esperança da vida eterna.  Jerusalém é o lugar onde Jesus venceu e é o lugar que com Ele venceremos. Jerusalém é sobretudo nossa comunidade, nossa Fé, nossa Igreja, nossa missão.
Caminho: Jesus é aquele que caminha com a humanidade. Que certamente em momento de sombras ou trevas, é ai, que o Cristo, as vezes um tanto disfarçado, se apresenta para  verdadeiro diálogo e uma grande celebração.

Dando sentido ao domingo e juntando a celebração das mães:

Caros irmãos e irmãs, permita-me  algumas palavras as nossas mães, afinal de contas hoje é o dia dedicado a elas.
Mães catequistas:  Aquelas que como Jesus, se disfarçam do próprio Deus e apresentam o caminho de Cristo para seus nenês, seus meninos, suas meninas, e são anjos disfarçadas de mães, para orientar a respeito das verdades da vida, das verdades da fé.
Jesus caminha com os dois discípulos, mas, do que nunca, as mães precisam continuar a andar com seus filhos, apresentando de maneira especial as escrituras, a palavra e os sacramentos a seus filhos. A primeira catequese e a primeira catequista devem ser e continuar sendo as mães. Mesmo que a estrada esteja difícil para educar, sobretudo hoje, mas, como já dizia o Pe. Bruno: É IMPOSSÍVEL EDUCAR SEM DEUS... não deixem Deus de lado, ensinem e continuem a ensinarem seus Filhos a caminhar com o Cristo e com a sua Igreja.
Mães desatentas, lentas, que gostam de Emaús ( shoppings, clubes, trabalhos, salões etc)   e fogem de Jerusalém(atenção, responsabilidade, presença etc ):  Não se esqueçam que são mães, que o tempo deve ser voltado para seus filhos, e que ninguém as substituirá. Amor de Vó, mesmo até maior, mas é de vó ou de tia, não é de mãe e  todos necessitamos do amor de mãe.

(4)
FILHOS  MESMO LENTOS DE CORAÇÃO MAS ATENTOS: Disse Jesus: como sois lentos de inteligência. Os filhos mesmo com dificuldades, mas as mães nunca devem perder a esperança, devem correr atrás deles e comunicar a Fé, pois com a Palavra e o testemunho das mães, os corações dos filhos  irão continuar ardendo para toda a vida.
MARIA: Uma Palavra sobre a mãe de Jesus. Ela,. Certamente foi  contemplada por uma aparição especial do FILHO. Ela que soube plantar, certamente entendeu desde cedo o MISTÉRIO DA RESSURREIÇÃO. A Ela, mãe de Jesus e nossa, e a todas as mães uma palavra:  muito obrigado, pois certamente assim como Jesus se disfarçou de andarilho, Ele  também se disfarça de Mãe...  Viva Jesus, viva nossas Mães...

CONCLUSÃO:
Com os discípulos  que experimentando o dia de Pentecostes  se tornaram as fiéis testemunhas da Ressurreição de Jesus Cristo,  sejamos também capazes de reconhecê-lo   quando:
·         Partilhamos com os mendigos e famintos nossa comida e nossa atenção.
·         Quando estamos em meio de nossos sofrimentos e dificuldades.
·         Quando deixamos de ir para Emaús lugar de fuga e enfrentamos a realidade sempre confiante na ação de Cristo.
·         Quando  priorizamos o primeiro dia da semana: o domingo para reconhecer Jesus na santa missa na LITURGIA DA PALAVRA E NO PARTIR O PÃO (Liturgia Eucarística)
·         Quando aprendemos a dar testemunho com  o nosso tempo e com a nossa vida  de que somos de Cristo e queremos voltar com Ele, não para Emaús mas para a Jerusalém celeste.

Pe. Estevam dos Santos Silva Filho- Pároco.

Segundo Domingo da Páscoa

1° de maio de 2011
Por padre Estevam

Queridos Irmãos,

Introdução:
Podemos imaginar a cena narrada pelo evangelho de hoje:
·         Os discípulos de porta trancada com medo dos judeus...
·         Reunidos no primeiro dia da semana(domingo)
·         Jesus Ressuscitado aparece desejando a paz(Shalom!) ....
·         Tomé não estava presente...

Desenvolvimento:
Prestemos atenção:
Era domingo, os discípulos agora se reuniam para celebrar  no domingo, não mais no sábado, eles romperam com o sábado, aliás, no domingo que Cristo Ressuscitou,  portando, eles passaram a celebrar a nova criação, pois a Ressurreição era agora uma espécie de nova criação.
É importante perceber que Jesus aparece ressuscitado,  não era  um fantasma como Ele mesmo disse: “ fantasma não tem carne e osso como vêem que eu tenho”, e não era uma reencarnação, doutrina totalmente contrária a ressurreição, mas Jesus se apresenta com um corpo glorificado, vivo, vencedor da morte.

A reação da comunidade é de alegria, de paz, de vitória... Afinal  3 dias atrás tudo parecia perdido, eles agora estavam entendendo a força da ressurreição de Jesus. Entenderam que quem confiasse em Jesus nunca ficaria desiludido...
Jesus sopra: Recordemos que no inicio da criação no livro do Gêneses,  Deus sopra sobre o homem e lhe concede vida.  Agora ele sobra sobre os discípulos e lhes concede o Espírito Santo.
Concede poder de perdoar pecados, de reter pecados... Ele  legitima os seus discípulos que estavam reunidos em comunidade. Ele institui o Sacramento da Confissão...

Tomé não estava na comunidade: Tomé estava ausente, não viu o Cristo Ressuscitado.  Só 8 dias depois,  novamente em um domingo, quando  Tomé estava presente foi que Cristo novamente apareceu. “ Toque em mim tome, ponha sua mão em minhas mãos... não sejas incrédulo mas tenha Fé...” disse Jesus a Tomé.
Alguns questionamentos e observações sobre Tomé e sobre os Apóstolos:
Tomé era sincero, mas, limitado em sua fé.  Queria algo extra-ordinário, mágico para poder crer. Muitas vezes corremos o risco de não enxergar Jesus nas coisas simples, mas, querermos sempre milagres, só grandezas.  Observemos por exemplo muitas religiões pentecostais, sempre expondo, prometendo ou “vendendo” milagres...
Tomé é chamado por Jesus a se tornar um BEM AVENTURADO... Crer sem precisar ver.  Crer  através do testemunho da comunidade reunida, do Testemunho e da Fé dos Apóstolos...
Tomé, certamente a partir daquele dia nunca mais quis faltar a missa ( o domingo na comunidade pois só na comunidade é que é possível enxergar primeiramente a Jesus). Isso deve nos questionar como estamos organizando nosso domingo e como ajudamos os outros a celebrar o domingo.                                                                                                           
PORTAS FECHADAS.... devemos tomar cuidado para que a nossa comunidade e a nossa fé não sejam “de portas fechadas...”.Isto é, que não se preocupe com o alimentar a fé dos outros, sem responsabilidade com a evangelização e a missão.

A primeira leitura: mostra um retrato das primeiras comunidades cristãs.
Os primeiros cristãos viviam como um carro com 4 rodas, isto é:
Imaginemos a importância de cada uma das 4 rodas para o equilíbrio do carro.
1ª roda: Os primeiros cristãos eram perseverantes nos ensinamentos dos apóstolos... (grego didaché)
2ª roda: Na comunhão fraterna  partilhando  tudo, não haviam necessitados... (grego Koinonia)
3ª roda: nas orações:  Freqüentavam o templo, se reuniam aos domingos, celebravam a Eucaristia...
4ª roda: a fração do Pão
Este retrato continua a ser um modelo para nossa comunidade, para nossa vida, viver o ideal  destas primeiras comunidades, aliás, os primeiros convertidos faziam questão de mostrar a diferença no mundo e devido ao testemunho deles cada dia o Senhor aumentava o número dos que Acreditavam em Jesus...
Dia da Divina Misericórdia: "É o dia que liturgicamente já está centralizado no tema da misericórdia, porque celebra a aparição de Jesus no Cenáculo – com o coração aberto – e a instituição do Sacramento da Confissão e da Penitência. Portanto, é um domingo em que a Liturgia fala muito da misericórdia de Deus, manifestada por Cristo Ressuscitado.
Papa João Paulo II: O  Pontificado de João Paulo II está profundamente ligado ao tema da misericórdia, pois ele próprio canonizou a maior propagadora desta devoção:  Santa Faustina e ele próprio  confiava profundamente em Jesus Misericordioso. Ele foi um sinal da misericórdia de Deus para nós, ele foi um BEM AVENTURADO isto é um BEATO como hoje mesmo foi declarado como beato, modelo; breve, também será chamado SANTO.                                                                                                       

Conclusão:
Desta maneira caríssimos irmãos,  voltemos para o cenáculo das Aparições,  voltemos para o coração aberto de Jesus que revela-nos a sua misericórdia através do sacramento sobretudo da confissão, deixemos guiar pelo Espírito de Jesus Ressuscitado e clamemos sempre em todos os momentos de nossa vida contemplando o ícone da Divina Misericórdia :

Eterno Pai, eu vos ofereço o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação de nossos pecados e os do mundo inteiro.

PELA SUA DOLOROSA PAIXÃO
TENDE PIEDADE DE NÓS E DO MUNDO INTEIRO...

"Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro."

Pe. Estevam Santos-Pároco